Talvez seja algo de conhecimento geral já, afinal  tem vídeos no youtube que falam do assunto, mas acho que vale a pena registrar:

De forma bem resumida, a partir de um determinado momento, a BIOS das placas de vídeo passou a ser gravada em uma EEPROM que pode ser programada pelo próprio dispositivo, assim como aconteceu com as placas mãe.

Diferente da EPROM onde a luz ultravioleta apaga a gravação, a EEPROM pode ser apagada eletronicamente. É, de certa forma, um tipo de memória flash. E apesar de ser bastante confiável para reter dados por longos períodos de tempo, elas NÃO são eternas.

Na verdade, no caso de alguns chips quando a tecnologia estava se desenvolvendo, eles eram bastante ariscos... Algumas placas de vídeo tinham em seus drivers uma rotina para fazer um flash periodicamente para evitar que as informações fossem corrompidas, claro que isso é um extremo, mas dá idéia do problema.

Agora, 1 quarto de século depois que a placa foi comercializada, os dados gravados tem uma chance alta de apresentar problemas. E de fato, isso ocorre, o sintoma mais comum é:

- Placa não dá sinal de vídeo quando usada como primária mas:

- PC inicia normalmente, leds do teclado se comportam como deve, beeps, etc.

- Usando uma segunda placa de vídeo, é possível utilizar a placa defeituosa no Windows.

Claro que isso pode variar dependendo do modelo, mas as placas que são mais valorizadas (3dfx e afins) tendem a se comportar dessa forma.

Então, se isso acontecer, há uma probabilidade grande de ser apenas uma questão de gravar a BIOS novamente.

E, para se pensar: pensando nesse aspecto de ser um "bit rot" causado pelo tempo, até que ponto seria interessante realizar um flash mesmo em placas que ainda funcionam e evitar que a situação aconteça?